domingo, 10 de abril de 2011

Embalando Sonhos



Embalando Sonhos


A Esperança era mãe de muitos filhos e os embalava carinhosamente enquanto eles eram pequeninos. A todos eles os chamava Sonhos. Cada Sonho possuía um nome especial, que ela escolhia com muito cuidado. O último de seus Sonhos ela o chamou de Desejo, já prevendo que ele lhe daria muito trabalho. Desejo era um Sonho bastante inquieto. Demorava mais tempo que os outros sonhos para adormecer e quando a Esperança acreditava que já o tinha embalado o suficiente, ele acordava no meio da noite e insistia em se levantar e andar pelos seus próprios meios. Por mais que a Esperança tentasse lhe dizer que não estava na hora de Desejo ganhar o mundo sozinho, ele insistia que já era grande o suficiente para sair sozinho. Mas a Esperança sabia que as coisas não se resolviam assim, de uma hora para outra. Então embalava o berço do sonho incansavelmente, até que o Desejo se acalmasse e voltasse a dormir um sono tranqüilo. Enquanto Desejo dormia, a Esperança pensava em como poderia encontrar o momento certo para deixar que Desejo se aventurasse sozinho pelo mundo. Esse momento chegaria, disso tinha certeza. Mas será que o Desejo estaria suficientemente amadurecido, para acreditar que tudo daria certo? E se aventurasse sozinho e descobrisse que as coisas não saiam exatamente como havíamos imaginado? Que tudo faz parte da nossa imaginação e por mais que pensemos em todas as possibilidades, haverá um momento em que as coisas irão tomar rumos diferentes e nos deixarão perplexos ao perceber que não havíamos pensado nesta possibilidade? E se o Sonho acabar de repente? Terá
 sido por não o termos embalado o tempo suficiente? 

Débora Benvenuti


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O ACENDEDOR DE CORAÇÕES- ENTREVISTA COM A TV FAG


Entrevista concedida à Tv FAG
Cascavel - Pr
3cor
Um pouquinho sobre o meu livro...
Esta entrevista me pegou desprevenida...
Espero que gostem.
O livro pode ser adquirido diretamente
da Editora
WORLDARTFRIENDS
clicando no link ao lado.

Débora Benvenuti


domingo, 23 de janeiro de 2011

O ACENDEDOR DE CORAÇÕES





O Acendedor de Corações



Era uma noite gelada e fria,
em que o sereno da
madrugada caia.
O vento castigava a quem
não se abrigava da noite
que se prolongava,
como uma ave de rapina,
estendendo as suas garras,
até alcançar o raiar do dia.
Nessa noite o Amor
se compadeceu,
de todos aqueles
que não tinham um amor,
para chamar de seu.
Acendeu um candeeiro
e saiu na noite escura,
como um curandeiro,
procurando um coração,
que precisasse de um pouco
de paixão,
para dar vazão à emoção
que fazia eco em  seu coração.
Andou por muito tempo
e foi acendendo todos os corações,
em que a chama da paixão,
o vento do tempo apagara.
Por onde andou,
só encontrou as cinzas
que a paixão deixara,
nesses corações que nunca mais
amaram e já haviam esquecido
o quanto o Amor os havia aquecido.
Acendeu tantos corações,
até que o fogo do seu candeeiro apagou
e com o vento como açoite,
voltou  para o seu leito
e dormiu como nunca antes
havia feito,
nos lençóis amassados e desfeitos...


Débora Benvenuti

Este foi o poema que deu origem
ao meu livro
" O Acendedor de Corações"

Assista ao Vídeo

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